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03/12/2013

Crônica: Memórias de uma velha cachola



 “Já era quase meia-noite, e ele, ainda não havia aparecido.
Desesperada, a garota suplicava:
- SOCORRO, SOCORRO!
A vizinhança vendo aquilo percebeu que poderia ser algo grave. Porém, ao decorrer das horas, ninguém ousou entender a quem ou o que, ela procurava.
Certo alguém, assistindo a tudo aquilo, como em uma arquibancada, procurou-a e enfim, disse:
- O que foi? O que há? Fale querida... O Príncipe resolveu lhe abandonar? – Olhando com desdém, as pessoas não queriam ajudar, e sim, fofocar. – Pobre encalhada!
Porém, a donzela decidiu procurar mais uma vez, e se calar.
O relógio marcou, exatamente: MEIA-NOITE. E a princesa, foi-se embora.
Após aquela data, enlouqueceu. Vivia de dia à noite, de um lado à outro, resmungando:
- Cadê o meu sapato?

 Nunca entendi ao certo, de onde meu pai, tirava tanta história da cachola. Vagamente, tenho recordações da minha infância, onde colocava-me para dormir, acalentando-me. Doces canções de ninar, um timbre suave, e muitas aventuras para contar. 
Certa noite, aconteceu algo diferente. Não costumava tomar café, e acho que isso foi o que mais me prejudicou na hora de dormir, o forte sabor de cafeína, trouxe insônia , levando consigo os sonhos.
 Papai vendo aquilo, veio até a mim, e pôs-se a contar uma história. Que por sinal, tenho dúvidas até hoje, se é um fato verídico e real. Por outro lado, enxergo algo sem sentido! 
 Porém, em uma dessas tardes de sábado, deparei-me com uma situação onde tive que escolher qual caminho seguir, o certo ou o certo,duas opções certas, mas que na verdade, transformara-se no errado, trazendo à tona, tudo de ruim do passado.
  Não exitei mais de uma vez, e cheguei a conclusão, optando por algo extremamente melhor.
 Percebi, então, que aquela história sem pé, nem cabeça do tal sapato, fazia sentido. Todavia, do que adianta querer ser feliz, mas fazer uma enorme tempestade em copo d'água? É muito drama e apenas uma realidade...

13/11/2013

Crônica: Memórias


  Eu nunca fui um exemplo de filha perfeita...
 Aos meus 7 anos os meus pais se separaram. E desde então, vi minha base desmoronar. Lembro-me que logo no início, apenas achava engraçado aquelas briguinhas. Afinal, em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. - Usava isso como lema.
 Ao certo, parecia que ninguém me entendia. E no mundo, só havia eu e os meus pequenos problemas... ou simplesmente, ainda é isso que infelizmente acontece.
Ao decorrer destes anos, muitas coisas aconteceram. E como sempre, lá estava eu, bem no meio de todas as "tragédias". Cheguei a pensar que poderia contar com alguns "amigos". Tudo isso aconteceu à 3 anos, e mais uma vez, me decepcionei. Aqueles que se mostravam se importar, no fundo só pensavam em si. 
 Consegui colher alguns frutos. Mas outros, estragaram. Porém, continuo na luta para todos os dias não deixar nada disso se repetir. E quando penso no futuro, temo que ele seja escuro. Acredito que por causa disto e outros fatos, me transformei na pessoa que hoje sou.  O meu mundo, é como o de qualquer outro. A não ser pelo pequeno detalhe: A hipocrisia. Eu deveria ser chamada de "A Grande Mentirosa", pois parece, que não consigo passar um dia sequer sem mentir, mentir que está tudo bem, e isso me mata, corrói.
 Um sonho que tenho enterrado no coração pronto para ser usufruído, é conseguir construir uma família, daquelas parecidas com as do comercial de Margarina - contudo, de verdade, claro. O que não deixa de ser um segredo para a felicidade: a sinceridade.
 Apenas peço que inventem imediatamente uma máquina que possa fazer com que voltemos ao passado, assim poderíamos corrigir os nossos erros, para no futuro, não repeti-los.
 E o dilema, que possivelmente não acabará (a briga entre os meus pais e a confusão em mim), mostra o quão diferente eu deveria ser para que o amanhã não seja o mesmo do ontem. Por isso, faça acontecer. Não deixe nada para depois, leve a verdade com sigo mesmo. Porque aí, quando você perceber, a carruagem já terá passado e o que sobrará, serão apenas memórias, prontas para lhe destruir.